quarta-feira, 29 de julho de 2009

Atitudes que fazem a diferença

De maneira geral, é possível dividir as atitudes individuais que podem ser tomadas em três categorias:
1.A primeira é formada por ações que dependem exclusivamente do cidadão e de baixíssimo custo para o indivíduo – às vezes, podem até gerar retorno financeiro, como tomar banho em menos tempo ou regular o motor do carro.
2.O segundo grupo engloba ações que envolvem maior custo (financeiro, físico, emocional), mas que ainda dependem apenas da vontade individual: por exemplo, comprar produtos certificados (em geral, mais caros) ou reduzir o consumo de carne.
3.Já a terceira categoria de atitudes depende da facilitação de outros atores. A decisão e a iniciativa de deixar de usar carro, por exemplo, estão intrinsecamente ligadas a uma oferta razoável de transporte coletivo de qualidade. Até mesmo a troca do automóvel por uma bicicleta depende da existência de ciclovias seguras.
A seguir, alguns exemplos de ações – incluídas em uma ou mais dessas categorias – que podem fazer a diferença na hora de ajudar a mitigar as mudanças climáticas.
- Evite luzes ou equipamentos ligados quando não necessário.
- Desligue os equipamentos da tomada, em vez de desligar apenas no comando. Os aparelhos em modo stand-by continuam consumindo energia.
- Antes de comprar um novo equipamento, verifique a etiqueta de consumo de energia e o selo do Procel e escolha aquele que consome menos energia.
- Reduza o tempo no banho, pois isso poupa água e ajuda a diminuir o consumo de energia.
- Procure utilizar os transportes coletivos. E, para distâncias curtas, opte por se deslocar a pé ou de bicicleta.
- Reduza a quantidade de sacolas plásticas nas suas compras, utilizando sacola de pano ou caixas plásticas reutilizáveis para compras maiores. Recuse embalagens em excesso.
- Separe os resíduos orgânicos dos recicláveis (plásticos, vidros, latas, papéis) e os encaminhe para a reciclagem. Se houver espaço no quintal construa uma composteira para produzir adubo com o lixo orgânico.
- Pressione o governo para o cumprimento de políticas públicas que promovam a mitigação (diminuição das causas) e a adaptação aos impactos irreversíveis das mudanças climáticas nos diferentes setores, como energia, transporte, florestas, saneamento, produção agrícola e pecuária.
- Pressione as empresas de produtos eletroeletrônicos das marcas que você consome para que disponibilizem produtos mais eficientes no consumo de energia e por informações sobre a eficiência energética dos produtos.
- Pressione as empresas das marcas que você consome para que criem alternativas para que nós, consumidores, possamos mudar de forma mais significativa nossos hábitos de consumo.
O que está em jogo
O "Relatório do Desenvolvimento Humano do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) 2007/2008 " (PDF 8.730 KB - Baixar Arquivo) considera que o combate às alterações climáticas é um exercício que atravessará gerações. “Para a geração atual, o desafio é manter uma janela de esperança aberta mediante a redução das emissões de gases de efeito de estufa. O mundo tem uma oportunidade histórica para iniciar esta tarefa”. Isso sem esquecer de esperar pelo avanço das negociações para o segundo período do Protocolo de Quioto, que começa em 2012. “O acordo seguinte poderá marcar um novo rumo, impondo limites rigorosos nas emissões futuras e fornecendo estrutura para uma ação internacional em comum. As negociações poderão avançar no sentido de se definir metas quantitativas até 2010”, diz o documento. É importante ressaltar que essas iniciativas estão diretamente ligadas ao consumidor, pois “uma ação governamental que objetive alterar estruturas de incentivos para os consumidores e investidores representa um passo eficaz e fundamental para uma mitigação efetiva das alterações climáticas”, como diz o documento do Pnud. Assim, como bem expressa o relatório, “o que caracteriza os seres humanos – talvez mais do que qualquer outra coisa – é a nossa capacidade de pensar e conversar uns com os outros, de decidir o que fazer e depois fazê-lo. Precisamos fazer um bom uso desta quintessência humana tanto no sentido de uma preservação sustentada e racional do meio ambiente como de uma erradicação coordenada da pobreza e da privação. O desenvolvimento humano envolve ambas”.

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